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Fronteiras Blur

Aquela empresa que era apenas seu fornecedor ou cliente, de repente é seu concorrente. E no dia seguinte, ela te comprou


2 de abril de 2018 - 9h16

(crédito: Monsitj iStock)

Pense nessas empresas e quais são seus produtos ou serviços que vem à mente? Red Bull, Apple e Amazon. Provavelmente energético, tecnologia e varejo eletrônico certo?

Pois é… Novos tempos. As respostas não são tão simples mais.

Lembro de assistir a uma palestra de um vice-presidente da Red Bull alguns anos atrás no Rio Content Market. Para surpresa geral da plateia, ao responder à pergunta que ele mesmo tinha feito, sobre qual era o segmento da Red Bull, ele disse “somos uma empresa de marketing”. E, na época, a linha de negócios que mais deixava margem no caixa da empresa era a Fórmula 1.

E a Apple? É verdade que se você olhar o último balanço da Apple, perceberá que 61% de sua receita advém de seu produto iPhone. Então, ela é uma empresa de tecnologia, certo? Por outro lado, ela reinventou a indústria da música e, para começar a testar um modelo de negócios no audiovisual, anunciou investimentos de mais de US$1 bilhão na produção de suas primeiras séries originais. Ainda é pouco, se comparado a Netflix – embora seja mais de sete vezes todo o valor alocado pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) ano passado. E se isso ainda é um teste, imagina quando for para valer…

Alguns anos atrás, comprei algo pela Amazon. Estava de saída para uma viagem aos Estados Unidos, e vi o banner do Amazon Prime. Não entendia direito o que era aquilo, mas entendi que não pagaria taxa de entrega se assinasse aquele serviço por um ano, e o preço era ridículo. Assinei, o produto chegou no hotel, e não paguei nada pela entrega. Só depois de algum tempo fui entender o que era o tal do Amazon Prime. Infelizmente, não dava para assistir o conteúdo do Brasil naquela época.

Isso para não falarmos de Google, Facebook… As fronteiras de negócio estão cada vez menos nítidas, cada vez mais blur. Aquela empresa que era apenas seu fornecedor ou cliente, de repente é seu concorrente. E no dia seguinte, ela te comprou.

Principalmente as empresas com forte base tecnológica, que estão ganhando escalas inimagináveis há apenas alguns anos. Elas se colocam como as possíveis grandes consolidadoras no futuro em diversos segmentos. A Apple compraria todas as ações da Netflix só com o que tem em caixa. Por que o Google mudou sua estrutura acionária para a Alphabet?

Por isso, o Rio Content Market integrar o Rio2C faz tanto sentido. Indústrias muito próximas ao audiovisual – música e inovação (tecnologia) – no mesmo evento. Inspirado no SXSW, que nasceu como festival de música, e este ano atraiu mais de 70 mil pessoas, o evento promete.

Tempo de abrir a mente. De olhar depois da curva. De inovar nos modelos de negócio. De olhar um pouco a grama do outro bairro – não é para reclamar da sua, ok?

Divirta-se nesse Rio2C. Vida longa ao Rio Content Market dentro desta nova família.

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