Publicidade

De olhos bem abertos para as XR

As tecnologias têm evoluído cada vez mais rapidamente e, ao que parece, as realidades estão se multiplicando


24 de abril de 2019 - 11h20

Para quem achava que estava dominando esse negócio de realidade aumentada, depois de colecionar umas dezenas de monstros no aplicativo do Pokémon Go, e que já tinha entendido para que serve a tal da realidade virtual, depois de sacudir na montanha russa virtual, vai se surpreender com o que vem por aí.

As tecnologias têm evoluído cada vez mais rapidamente e, ao que parece, as realidades estão se multiplicando. O termo Realidades Estendidas (XR) foi cunhado para dar conta deste universo de realidades, ou como preferiu chamar Joseph Pine, autor do livro Infinitas Possibilidades, este multiverso.

Para entender melhor o âmbito das realidades estendidas e, até quem sabe, conseguir explicar para a sua avó, preparei algumas definições:

A Realidade Virtual (VR) tem o poder de transportar a sua mente para outro lugar. Funciona como um mergulho 360 graus em um novo cenário, que pode ser totalmente gerado por computação gráfica ou captado em formato esférico com câmeras especiais. Em ambos os casos, ao usar um dispositivo (hoje chamamos de óculos) de realidade virtual, o usuário recebe efeitos visuais, sonoros e até táteis, que o conduzem a nova percepção de realidade, como se houvesse sido transportado para o ambiente simulado.

A Realidade Aumentada (AR), tem o poder da visão além do alcance. É literalmente aumentar a realidade, uma vez que elementos virtuais são sobrepostos através de computação gráfica ao nosso ambiente imediato, logo diante de nós. Hoje, conseguimos esta façanha através de dispositivos tecnológicos como as câmeras dos celulares, no entanto espera-se que num futuro próximo os wearables (dispositivos que nós vestimos como roupas, relógios, braceletes) passem a ser a chave para desbloquear o potencial da realidade aumentada.

A Realidade Mista (MR), tem o poder da acoplagem sensorial. Trata-se de uma realidade híbrida, que une os mundos virtual e real para produzir novos ambientes e visualizações onde o físico e o digital coexistem e interagem em tempo real. Esta técnica envolve tanto a sobreposição virtual quanto a interação real com o digital, e foi desenvolvida primeiramente para fins militares – desde treinamento até simulações de situações de combate.

VR é ótimo para realizar imersão em cenários, para manter o foco, para criar empatia sobre temas e situações adversas. Segundo o famoso psicólogo americano e desenvolvedor da Abordagem Centrada na Pessoa, Carls Rogers, “ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele”. A partir desta lógica, o despertar da empatia na nossa sociedade pode ser verdadeiramente acelerado pelo uso da Realidade Virtual.

Gosto de ver a AR como ampliação, funciona muito bem para adição de informação, maximização da percepção. A sobreposição do digital com o físico cria no usuário uma percepção de algo mágico e por isso proporciona um alto potencial de engajamento, criando ainda uma sensação de empoderamento durante o uso. Realidade Aumentada tem uma larga aplicação no campo de treinamento a distância de funcionários, mentoria em tempo real e outras formas de facilitação profissional.

Já MR é pura flexibilidade, não é uma coisa nem outra e sim as possibilidades sem fim da junção e sobreposição de tecnologias. É a soma de tudo que falamos com a capacidade de criar uma altíssima sensação de presença, uma percepção de verdade. O futuro dessas tecnologias está pronto para se fundir, facilitando uma transição fácil entre um ambiente completamente virtual para uma experiência AR com objetos virtuais ou personagens em seu espaço real.

Tudo isso para dizer que está na hora do termo realidades estendidas ou XR entrar no seu vocabulário. Depois vê se a vovó passou no teste. Se não der para entender, tenta com seus pais. Se ainda assim não der, leva todos eles no Rio2C para experimentarem e verem com seus próprios olhos.

Este ano, a Rio 2C, o maior evento de criatividade e inovação da América Latina, convidou a associação XRBR, hub Brasileiro de X-Reality, a colaborar com a curadoria de jogos, ativações, workshops, palestras e painéis sobre o tema. O objetivo da associação é conectar todos os elos da cadeia criativa e produtiva para que as empresas brasileiras sejam as melhores do mundo em VR, AR e MR. Se você está a fim de navegar por estas possibilidades, passa lá no XR Stage e nos domos com experiências.

Publicidade

Compartilhe

  • Temas

  • 100DiasdeInovação

  • Rio2CnoMM

Patrocínio