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Youse e 99: Fail Fast. Sem ego

Ver no palco duas marcas contando de seus erros, sem o ego que reinava há poucos anos na indústria, é a comprovação de que tudo mudou.


24 de abril de 2019 - 10h57

Assisti algumas das muitas apresentações e debates do primeiro dia do Rio2C e, confesso, a mais interessante para mim foi sobre a produção de conteúdo. O debate é vital para a mudança de modelo da comunicação, parte para saber como outras marcas estão se comportando, parte para saber o resultado que estão tendo e como medem.

Tanto a Youse quanto a 99 tem um objetivo em comum: criar conteúdo variado para ter relevância para seus os clusters, sejam eles agrupados por região, interesse ou demografia. Já que minha opinião vale menos do que as informações que foram compartilhadas, vamos a elas.

Youse
Lançado há três anos, é o braço da Caixa Seguros para conversar com um público mais jovem. A marca passou por uma crise após publicar um serviço que gerou ruído e controvérsia. A Érika Aredes, gerente de marketing do Youse, foi rápida e retirou a oferta do ar em questão de horas.

Eles possuem uma área chamada Content Lab composta por nove pessoas, com equipamento próprio e uma estratégia que segue as melhores práticas do mercado: lançar de dentro para fora. O serviço/conteúdo é lançado para os funcionários. Se o resultado for positivo, vai para os clientes e, só depois, é aberto ao público em geral.

99
Cleber Paradela é head de brand experience da marca. A empresa segue uma estrutura que garante a criação de um conteúdo mais diversificado. Além da equipe da matriz em São Paulo, composta por 17 pessoas, tem operação em 12 cidades, com agências locais, para garantir que o conteúdo que está sendo gerado não tenha a visão distorcida como o exemplo que citou: “imagina falar de carnaval no Brasil todo pelos olhos do paulista”.

Há pouco tempo, precisaram produzir sete filmes para uma campanha e, faltando dois dias para o lançamento, perceberam que estavam errados. Ao invés de apontar dedos e demitir pessoas ou parceiros, se reuniram com a liderança, trouxeram o problema, impacto em custo e, principalmente, a solução. O resultado foi uma série de filmetes curtos, boomerangs e stories que fizeram sucesso.

Ver no palco duas marcas contando de seus erros, sem o ego que reinava há poucos anos na indústria, é a comprovação de que tudo mudou. Ponto para o Rio2C. Ponto para a Youse e 99. Ponto para a indústria.

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