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Loira do banheiro leva terror à Record

Confiante no interesse do público brasileiro no gênero, emissora apresenta “Lendas Urbanas”, coprodução com a Sentimental Filmes

Bárbara Sacchitiello
6 de abril de 2018 - 7h01

Lenda da Loira do Banheiro será explorada no primeiro episódio da série (Crédito: Divulgação)

Ao contrário das comédias e dramas, gêneros predominantes na TV brasileira, o terror nunca teve muito espaço nos projetos de coprodução nacional. Para a Record, no entanto, esse cenário não foi um fator desencorajador para que a emissora abrisse sua grade para, pela primeira vez, exibir um conteúdo nacional de ficção assustadora.

“Quando produzimos para a TV aberta é natural que a gente se volte a conteúdos que tendem a atrair uma audiência mais abrangente. Mas sabemos que existem um grande interesse por conteúdos específicos. Nossas produções bíblicas provam isso. Então, começamos a pensar em algo do gênero terror, tendo em vista a forte onda de consumo desse tipo de conteúdo no mundo”, conta Paulo Franco, head de programação e conteúdo da Record.

O medo começou a se concretizar como série para a emissora há três anos, quando a Sentimental apresentou o projeto de Lendas Urbanas, obra de terror que aborda algumas das histórias que apavoraram gerações antigas, como a Loira do Banheiro e o Homem do Saco. A ideia da história nasceu na própria produtora, que saiu em busca de um veículo para viabilizar a parceria. Após os ajustes de roteiro e formato, foi estruturada uma série de cinco capítulos, com média de 45 minutos casa, que deve estrear na grade apenas em setembro.

“Poder fazer um projeto como esse é uma grande alegria para a produtora, não só pela visibilidade que uma rede como a Record traz mas também pela abertura do mercado a gêneros específicos, o que colabora com o desenvolvimento da produção nacional”, diz Marcos Araújo, sócio e diretor executivo da Sentimental Filmes.

Diretor de Lendas Urbanas, Fernando Coimbra conta que procurou retratar na obra o terror psicológico. “Nossa ideia era construir uma narrativa de horror que mostrasse como os personagens passaram a ficar perturbados com seus medos, até um ponto em que o espectador não saiba se aquilo é realidade ou fruto de imaginação. Tivemos o cuidado de não usar o recurso do susto constante ao público e de fazer com que ele embarque na jornada daqueles personagens, explica Coimbra.

Cada um dos episódios destacará alguma história assustadora que certamente a maior parte das pessoas já ouviu: A Loira do Banheiro, O Homem do Saco, O Boneco Amigão (inspirada nas lendas em torno do boneco do personagem Fofão), o Quadro que Chora e a Gang dos Palhaços. Segundo a Record e a Sentimental, a segunda temporada já está engatilhada.

Questionado sobre a distribuição da série, Paulo Franco declarou que já existem conversas com a Netflix para que Lendas Urbanas seja disponibilizada no streaming. “Também temos diálogo com um canal de TV paga. Mas, ainda, nada foi concretizado”, afirmou.

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