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Selo atesta produções realizadas por mulheres

Iniciativa da Elo Company pretende ampliar a visibilidade e atratividade comercial de filmes dirigidos por profissionais do sexo feminino

Bárbara Sacchitiello
9 de abril de 2018 - 16h55

Ao centro, diretora Tuca Siqueira, responsável pelo longa Anos de Chumbo; obra conta com o selo Elas (Crédito: Reprodução/facebook.com/anosdechumbo)

Assim como nas demais áreas da indústria da comunicação, o baixo número de mulheres também vêm sendo alvo de debates e iniciativas no universo do audiovisual. Embora atuem em número considerável em toda a cadeia, as mulheres ainda estão em número bem menor em posições estratégicas, como na direção geral de obras como filmes e séries.

No intuito a ajudar a equilibrar essa balança, a Elo Company, empresa distribuidora de conteúdo, apresentou durante o Rio2C o selo Elas, uma iniciativa que visa estimular a participação de mulheres no comando de produções de filmes e obras audiovisuais.

A ideia do selo partiu após a liderança da Elo Company observar uma forte demanda por conteúdo que levasse ao público um olhar feminino. “O mercado e o público vem demandando produções femininas. O filme de super herói mais assistido em 2017 foi a Mulher Maravilha, filme que não apenas tem uma mulher forte como protagonista, mas que também foi dirigido por uma mulher”, analisa Sabrina Nudeliman, sócia e diretora da Elo Company.

A ideia de atestar uma produção com o selo Elas pretende, segundo Sabrina, tornar aquela obra mais atrativa comercialmente e ampliar a visibilidade de seu conteúdo. Segundo ela, tal estímulo é necessário para corrigir desequilíbrios na indústria. Essas políticas são necessárias para consertar algumas distorções. A Ancine, quando mudou a Lei do conteúdo nacional, por exemplo, era consciente de que o mercado precisava desse reforço. Agora, não estamos querendo, com esse selo, promover uma ação afirmativa apenas para favorecer as mulheres. Nossa ideia é abrir oportunidades e caminhos iguais para profissionais talentosos, que muitas vezes, sem essas iniciativas, teriam um caminho bem mais difícil para serem reconhecidos”, pontua Sabrina.

Algumas obras que serão distribuídas pela Elo Company já contam com o selo. É o caso dos filmes “A Chave da Casa”, de Simone Elias, “Rir para Não Chorar”, de Cibele Amaral e “Amores de Chumbo”, de Tuca Siqueira. A seleção de obras para receber o selo será feita pela Elo Company e os projetos concorrentes precisam ter orçamento já definido.

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