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Novos consumidores, outras telas: um perfil sobre a Geração Z

Summit Rio2C by Meio & Mensagem abre espaço em painéis para uma análise de um público que traz um diferente comportamento para o mercado

Teresa Levin
24 de abril de 2019 - 12h54

Geração Z norteou discussões do painel “Geração Sem Controle Remoto” (Crédito: Teresa Levin)

Se já tivemos a Geração Y e X, agora um dos públicos que está no foco de marcas e agências é a chamada Geração Z. Foi ela quem norteou as discussões de dois painéis no Summit Rio2C by Meio & Mensagem, “Geração Terabyte” e “A Geração Sem Controle Remoto”. Com diferentes visões para este universos, alguns falam que ela envolve os nascidos entre 1994 e 2007, outros vão até um pouco mais longe, e há quem pare antes. O fato é que este é um público que envolve consumidores mais conscientes, que transitam muito bem pela internet, e tem o pé no chão, pois nasceram em um momento de crise econômica e política, apontou Cintia Gonçalves, CSO da AlmapBBDO, uma das integrantes do painel “Geração Terabyte”.

“Os pais deles os empoderam, diferente dos millennials que tinham pais helicópteros que tentavam proteger os filhos. Estes pais entenderam que não conseguem fazer isso, criam filhos empoderados que correm atrás, é uma geração com iniciativa, influencia nas relações dentro de casa”, observou Flavia da Justa, diretora de comunicação de marketing da Oi. Giane Scarin, gerente de pesquisa da Globosat, acrescentou que até por essa característica eles têm uma facilidade de linguagem. “Eu sou X e somos muito hierárquicos, esperamos e queremos entender em profundidade. Eles saem fazendo, tem automotivação para ir atrás das coisas e ir atrás do aprendizado”, analisou.

Esse comportamento impacta diretamente a forma como marcas se comunicam com este consumidor. Ana Leão, managing director da Isobar, lembrou que, antes, as agências e os anunciantes trabalhavam apostando na crença que tinham o poder de influenciar as pessoas, com meios de massa poderosos, pesquisas e profissionais competentes capazes de organizar e entender os melhores caminhos, apontando as mensagens corretas. “O jogo mudou nos últimos seis anos, não só por causa da Geração Z. Ela é só o meio do caminho do que vai acontecer com a gente nos próximos anos”, avaliou. Para ela, hoje não é mais possível influenciar o comportamento deste consumidores, mas sim tentar acompanhar e construir junto com este público. “Como ser relevante na vida deles? Que serviços interceptam seus caminhos? Por que vão me escolher”, questionou. Ser relevante e conectar de verdade é a essência nesta jornada, apontou a executiva da Isobar.

A busca desta relevância e uma conexão em todas as plataformas que fez o Cartoon usar como estratégia um trabalho de marca junto a esta geração, procurando contato com ela em todas as frentes possíveis. Se o canal da marca no YouTube foi lançado em 2007, apenas a partir de 2010 o Cartoon começou um trabalho focado especificamente nele. “Vimos que não era pegar o conteúdo e jogar ali, mas entender a estratégia do que fazemos para cada plataforma, só aí começamos a ter um sucesso grande”, relembrou Artur Tilieri, diretor regional de mídias digitais da Turner. A produção para a plataforma migrou para a criação de conteúdos específicos, originais para o universo digital. “Entendendo as tendências dessa plataforma, que é massiva, e trabalhando neste foco mas dentro do meu DNA”, disse. Ele frisa que a Geração Z gosta de reforçar que é multidisciplinar, que admira coisas diferentes. “Isso permite que a gente navegue e transite de forma muito forte entre temas diversos. Ao identificarmos estas tendências, trabalhamos de maneira mais intensa com esta audiência”, contou, acrescentando ainda que esta estratégia possibilitou um maior alcance para o Cartoon, inclusive atuando junto a diferentes nichos.

No painel que discutiu a geração sem controle remoto e foi mediado pela editora-assistente do Meio & Mensagem Bárbara Sacchitiello, o CCO da Publicis Domênico Massareto também levou seu olhar de agência sobre o público integrante da Geração Z. “Não é um público que trabalhamos muito em publicidade porque está começando a ser consumidor, mas temos um olhar mais para o comportamento”, revelou. Sob essa ótica, ele lembrou que essa é mesmo uma geração sem controle remoto, zapeadora, e não só no conteúdo. “É uma geração sem amarras, desapegada, mais interessada no que está disponível do que acessível”, pontuou.

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