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Cérebro: o gadget mais falado na conferência

Ele é wearable, tem alta capacidade de processamento, é capaz de aprender sozinho, responde a comando de voz, tem reconhecimento facial, realidade aumentada e dizem que todos nós temos um!


29 de abril de 2019 - 18h17

Trabalho com conteúdo audiovisual há quase 20 anos e costumo frequentar os encontros e conferências sobre o assunto, às vezes como expectador e algumas como palestrante. Procuro sempre ouvir coisas diferentes ao meu cotidiano e ao meu trabalho. Em geral, frequento as palestras sobre tecnologia e tendências. No Rio2C fui atrás dessas e me deparei com o incrível espaço dedicado a um gadget que estava fora de moda, afinal, ele não recebe novas versões desde muito tempo e dizem até que caiu em desuso no nosso país atualmente: o cérebro!

E vejam que gadget incrível: ele é wearable, tem alta capacidade de processamento, é capaz de aprender sozinho, responde a comando de voz, tem reconhecimento facial, realidade aumentada e dizem que todos nós temos um! Que felicidade encontrar o BrainSpace no Rio2C – um espaço todo dedicado a ele – e principalmente perceber como temos profissionais com alto nível de excelência trabalhando no estudo e aprimoramento desse gadget. Os mais diversos assuntos foram expostos, de psicodelia à criatividade. Vou destacar aqui duas palestras que ouvi e que se relacionam com os temas que trabalho atualmente: marketing e games.

O especialista em analisar e entender a mente do consumidor e cofundador da Forebrain, Billy Nascimento, falou sobre neuromarketing. Ressalto a importância dada à criação de narrativas emocionais que, associada a outros fatores como memória associativa, percepções sensoriais e atenção, influenciam o consumidor a notar, reconhecer e/ou pensar na marca em situações de compra. E nesse sentido olha o meu gadget preferido entrando em ação novamente: segundo Billy, marcas são estímulos neutros e a propaganda e o marketing causam um processo de condicionamento ao cérebro, para agregar valor e gerar expectativa no consumidor.

Em outra interessante palestra, o brilhante psiquiatra e neurocientista Rogério Panizzuti, alertou para a epidemia de demência que estamos vivendo e que pode piorar ao longo dos próximos anos, com o envelhecimento da população mundial. Uma das maneiras de evitar a demência é treinando seu cérebro através de jogos eletrônicos – neurogames. São jogos especificamente criados para esse objetivo, mas, segundo ele, jogos comerciais também podem contribuir para evitar a doença (com muito menos eficácia do que os neurogames).

Jogos eletrônicos contribuem para melhorar a neuroplasticidade do cérebro, porque dependem de atenção e foco, oferecem recompensa e exigem muitas repetições. Isso se conecta à mesa que participei com os colegas Nyvi Estephan, Gabriel Moojen e Chandy Teixeira sobre e-sports. Esse mercado gigantesco, com enorme audiência e que tem tomado destaque com o trabalho realizado em conjunto por diversas áreas do Grupo Globo, inclusive a área que trabalho. Fiquei muito feliz de saber que além de produzir entretenimento e conteúdo, estou contribuindo para a neuroplasticidade do meu gadget favorito.

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