De drones a robôs, quando produtoras viram empresas de tecnologia
As novas formas de captação, finalização e interação influenciam principalmente as narrativas e aproximam o setor audiovisual de novas indústrias
As novas formas de captação, finalização e interação influenciam principalmente as narrativas e aproximam o setor audiovisual de novas indústrias
Luiz Gustavo Pacete
5 de abril de 2018 - 14h51
Ok. Muito já se falou sobre VR, AR e o impacto de outras formas de imersão no conteúdo audiovisual. Uma outra face, no entanto, altamente tecnológica do setor de conteúdo impacta diretamente o perfil das produtoras. Renata Brandão, CEO da Conspiração Filmes, explica que, atualmente, o dia a dia de uma produtora respira tecnologia tanto quanto narrativas e roteiros.
“Produtoras se enxergam cada vez mais como empresas de tecnologia. As revoluções vividas pelo audiovisual se expressam de duas formas: a primeira é nas plataformas de distribuição e como elas alteraram nossa dinâmica de trabalho. E a segunda é na forma como as novas ferramentas impactam a maneira de contar as histórias”, diz Renata ao Meio & Mensagem. Ela ressalta o quanto essa transformação também influenciou no perfil de profissionais do setor com habilidades muito mais dinâmicas.
Esse impacto da tecnologia nas narrativas abre uma nova frente de negócios e aproxima o setor audiovisual do ambiente de inovação que tem como uma de suas vertentes as startups. Na curadoria de inovação da Rio2C, essa área foi ampliada dentro da programação explica Liana Brazil, curadora de inovação do Rio2C. “Os pitchings de inovação abraçam as startups e um conjunto de temas muito mais variados que antes não entrariam na escala de prioridades do setor. Isso ocorre não somente pela dinâmica com o uso de hackathons e metodologia ágil, mas com a junção da inspiração e dos processos criativos com a técnica”, diz Liana.
Dentre as áreas que podem abraçar essa nova face do audiovisual estão as tradicionais ferramentas como drones e VR, mas também outras de aspectos mais amplos. “Até blockchain aparece forte como tendência dentro de uma série de outros suportes como mobile apps e mídias imersivas (AR, VR)”, diz Liana. Outro ponto importante é a conexão das tecnologias testadas e utilizadas no audiovisual que podem servir de referência em outras áreas como saúde e até biologia.
Assim como ocorre no SXSW Accelerator, o Rio2C escolheu vários projetos de inovação divididos por três áreas: Blockchain, IoT, Robótica e AI; AR & VR e Mobile APPS e Plataformas Digitais. No total, foram selecionadas 15 startups que apresentaram seus projetos.
Veja alguns exemplos da aplicação de tecnologia nas técnicas de produção de conteúdo:
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