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Realidades alternativas

AR, VR, MR (Mixed reality), XR (Extended reality): essa presença pesada é uma marca de que a indústria está atenta aos novos formatos


7 de abril de 2018 - 8h49

Depois de ouvir Tim Cook dizer que a realidade aumentada vai mudar nossas vidas drasticamente, na sexta-feira, 6, no Rio2C, me deparei de novo com uma frase profética sobre essa tecnologia: “It is going to change everything“. Dessa vez quem disse foi Sol Rogers, fundador e CEO da Rewind, produtora inglesa de realidade virtual e aumentada. No painel “Realidade Aumentada hoje e para as futuras gerações”, Rogers mostrou o trabalho de sua empresa e alguns futuros usos da tecnologia.

O Rio2C, antigo RioContentMarket, mudou de formato e agora adicionou música e inovação na programação, e esse foi só um dos muitos painéis, ativações e lounges com conteúdos relacionados a realidade virtual e aumentada.
Ano passado no SXSW, foi assim também. Uma enxurrada incessante da sopa de letrinhas – AR, VR, MR (Mixed reality), XR (Extended reality) – variações da reality. Essa presença pesada é uma marca de que a indústria está atenta a esses novos formatos. O terreno está sendo preparado para que, quando a tecnologia chegar no ponto certo de escalabilidade e preço, as produtoras de conteúdo e as marcas estarem preparadas para se apropriar desses novos formatos de forma inteligente e criativa.

O próprio Sol Rogers, que é CEO de uma produtora desse tipo de conteúdo, admite que não são todas as mensagens que devem usar esses formatos. Eles só devem ser usados quando fazem sentido. Hoje, as produtoras querem fazer conteúdos que irão agradar a gregos e troianos, mas com um pouco de maturidade, irão perceber que podem ser um pouco mais específicas. Algumas pessoas gostam de filmes de terror, outras não. Da mesma forma, esses novos formatos não irão agradar a todos.

Outro ponto interessante que Rogers levantou foi em relação ao retorno sobre o investimento desses conteúdos, que não consegue nem chegar perto ao do cinema ou de jogos. Hoje, só empresas como Google e Samsung podem se dar ao luxo de investir em novos meios sem se preocupar com o lucro. Esses gigantes ajudam essa indústria a pegar no tranco, produzindo conteúdo visando apenas a popularização do meio.

Mas é muito animador ver que, mesmo ainda não sendo altamente lucráveis, existem muitas produtoras se aventurando na produção de conteúdo para as plataformas de VR e AR. Neste sábado começa o festival de música e games, e o XR Arcade continua a mostrar o trabalho brilhante de produtoras nacionais e internacionais nesse novo e promissor meio de realidades alternativas.

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