Luísa Sonza: “eu me vejo como uma marca”
Cantora exaltou conexão com o público jovem e fez apelo para que marcas estejam abertas para ouvirem os artistas
Cantora exaltou conexão com o público jovem e fez apelo para que marcas estejam abertas para ouvirem os artistas
Taís Farias
27 de abril de 2022 - 19h31
Em julho do ano passado, a cantora pop Luísa Sonza, hoje com 23 anos, teve a capa de seu álbum Doce 22 estampado na Times Square, um dos pontos turísticos mais famosos de Nova York, nos Estados Unidos. Em uma semana, o álbum conquistou quase 30 milhões de streams, o que foi considerado, na época, a maior estreia nacional de um álbum do Spotify Brasil. Recentemente, em março, a artista despontou como Top 50 global da plataforma de streaming, ocupando a 49ª posição do ranking.
No palco do Rio2C, nesta quarta-feira, 27, Luísa, que é agenciada da Mynd, dividiu como toca sua carreira e falou sobre sua conexão com o público jovem. “Eu me vejo como uma marca. A Luísa Sonza é um produto e uma marca que trabalha para o público, para agradar e atingir o público, assim como qualquer outra marca. Queremos chegar nas pessoas. Eu trabalho com um público, praticamente, da minha idade e conheço essas pessoas porque me vejo nelas. Essa é a minha sorte”, afirmou Luísa.
“Um dos principais pilares do produto Luísa Sonza é realmente respeitar o que um jovem gostaria de ser, fazer e expressar. Muitas vezes, quebrando paradigmas. O jovem sempre tem essa vontade de ser diferente e revolucionar em todas as idades”, acrescentou a artista, citando outros ídolos como Cazuza e Ney Matogrosso.
Assim como as empresas, a cantora pop revelou que vive o desafio da diferenciação: “Ter algo único é uma das coisas mais importantes para uma marca. Por que a pessoa vai contratar a Tim e não a Vivo? Comigo é a mesma coisa. O que a Luísa Sonza pode fazer que ninguém fez? Ou como posso fazer algo que alguém já fez, mas de uma maneira que fique com a cara da Luísa. Luísa Sonza é uma marca, um produto. Mas é um produto que vem de um lugar pessoal. Isso é o que nos faz ser chamados de artistas e não de marcas”, comentou a cantora.
No painel ao lado de Sarah Buchwitz, VP de marketing e comunicação da Mastercard, e Ana Paula Castello Branco, diretora de advertising & brand management da TIM, com moderação da também cantora Paula Lima, a artista fez um apelo para as companhias. “Vejo um grande déficit nas marcas. Elas querem nos contratar, mas querem tudo do jeito delas. Não contratem só a imagem do artista, mas o que eles têm a dizer”, pediu a cantora.
Do outro lado da mesa
Líderes do marketing nas empresas onde atuam, Sarah Buchwitz e Ana Paula Castello Branco também dividiram seus aprendizados sobre a relação entre as marcas, a música e os artistas. “As marcas já entenderam que não existe mais um modelo em que você impõe. Tudo é cocriação”, afirmou a diretora da Tim.
“Historicamente, a música mobiliza as pessoas. Ela tem o poder de ativar as maiores e mais profundas emoções”, defendeu a VP de Mastercard, que foi endossada por Ana Paula. “Ao juntar música com marca, o objetivo é chegar mais rápido e mais fácil ao coração das pessoas, além de levar entretenimento”, definiu a executiva de Tim.
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