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O motivo da HBO Max criar uma série sobre o PCC

Obra terá a participação de ex-integrantes da facção e familiares e estará disponível no streaming

Carolina Huertas
29 de abril de 2022 - 6h00

(Crédito: Shutterstock)

Com lançamento para final de maio, a HBO Max divulgou detalhes sobre a nova série da plataforma PCC – O poder secreto. No palco do Rio2C 2022, Verônica Villa, head de desenvolvimento de não-ficção, comentou sobre o olhar particular da série documental que conta a trajetória do Primeiro Comando da Capital.

“É a maior organização criminosa do Brasil e da América do Sul e uma das mais poderosas do mundo. O grande diferencial deste projeto é que traremos uma perspectiva de dentro do PCC, conseguimos acesso a ex-participantes e de famílias que tiveram a vida atravessada pelo comando. É um olhar muito inédito. Será possível perceber que muito mais que uma facção, o PCC tem um sentimento de irmandade, é quase uma maçonaria, tem seus próprios códigos de ética e uma estrutura muito complexa”, adiantou Verônica.

A executiva contou que os levantamentos mostram que de 2018 a 2021 o gênero que mais cresceu dentro do streaming foi o de documentário, com avanço de 63% na quantidade de séries e de 142% na demanda do público pelo conteúdo, além do destaque para a temática de true crime.

A plataforma também confirmou o lançamento da série Pacto Brutal, que conta o caso do assassinato de Daniella Perez, para julho, com cinco episódios. O ocorrido completa 30 anos em 2022 e a produção contará com a participação e o depoimento de Glória Perez, autora de novelas e mãe da atriz.

Sergio Nakasone, diretor regional de desenvolvimento de conteúdo da HBO Max, comentou o crescimento das produções nacionais por toda a América Latina, juntamente com os conteúdos esportivos. “Queremos dar um passo, depois o outro. Primeiro o local, depois o global”, disse.

Por que o gênero cresceu?

Verônica explica que antes mesmo da pandemia o audiovisual já vinha em crescente por conta da chegada do streaming, onde o telespectador descobriu a possibilidade de assistir quando e onde quiser. Porém, com o lockdown, ela afirma que o aumento se deu por dois fatores principais: produção e audiência.

A diretora explica que conteúdos não roteirizados têm uma produção mais barata, pode ser feita in loco e com uma equipe mais reduzida, além de uma entrega mais rápida do material. Do lado do público ela aponta que por conta do isolamento, as pessoas sentiam falta da conexão humana, o que é mais fácil de se sentir com realities e produções do gênero. Dentro disso, ela elencou quatro fatores principais.

“Empatia, porque você sabe que está vendo um conteúdo real e já tem uma simpatia pelo outro, quer entender aquela história; identificação, porque estamos falando de sentimentos humanos universais que todo mundo já passou; aprendizagem, porque muito mais que entretenimento, você sai aprendendo alguma coisa; e imprevisibilidade”, disse Verônica.

Investimento em produção nacional

Para além dos conteúdos que permeiam o true crime, HBO Max segue investindo em outros conteúdos não roteirizados e trouxe ao palco Murilo Rosa, apresentador do novo reality da plataforma. O The Bridge Brasil terá 12 participantes convivendo em uma cabana. Eles terão 20 dias para construir uma ponte de 300 metros e apenas um levará o prêmio de R$ 500 mil. O elenco misturarpa desconhecidos e famosos como Pepita, Danielle Winitis, Fábio Beltrão, Suyane Moreira, Paola Santerini e Polly Marinho.

“Eu recebi um telefonema da Mônica Albuquerque com uma proposta que, depois de escutar 30 segundos sobre, já disse sim. Esse reality show que gravamos é uma coisa tão diferente e é a minha estreia como apresentador. Quando, de fato, a coisa aconteceu e quando comecei a entender o que era o The Bridge, percebi que era diferente de tudo que temos no Brasil”, revela Rosa.

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